CONTRASTE DESIGUAL: COMIDA
PARA RICO, FOME PARA POBRE
O
contraste da foto é o retrato do contraste social que é a realidade
em que estamos passando no mundo inteiro, ricos tem melhor qualidade
de vida, comida farta na mesa, um consumo em massa, gerando
desigualdade na quantidade de comida que é paga por um alto preço,
em restaurante que só freqüenta a classe da alta sociedade, sem
contar a quantidade de comida que vai pro lixo enquanto milhares de
crianças com pratos vazios, passando fome, sede, frio, sem moradia,
sem um direito a um lar, sem direito de viver dignamente como ser
humano.
O drama da fome é um drama
oculto. A pessoa faminta sofre um estigma e por isso, esconde sua
fome. A pessoa é vista como um preguiçoso, como um incompetente. E,
na maior parte dos casos, isto não é verdade. A pobreza é
produzida por políticas econômicas desastrosas, pela corrupção e
pela ganância desmedida de uns poucos. A alimentação do ser humano
é muito mais complexa, porque para sobreviver o corpo precisa de
vitaminas e sais minerais para viver, para obte-las é necessário
“comer”, pois a falta da comida provoca deficiências em todos os
órgãos. O desnutrido tem menores condições de se defender das
doenças, bactérias, a criança fica fraca não resiste e morre de
fome vitimas das doenças.
Mesmo sabendo dos sintomas da
fome, os políticos, os governantes e a sociedade civil desconhecem a
fome, a pobreza das pessoas excluídas que não tiveram oportunidade
de competir no mercado de trabalho, e o desemprego, a pobreza do país
leva milhares de pessoas, crianças, adolescente e idosos a óbito
todos os dias e as noticias nem todas são divulgadas.
Essa reportagem relatada pela
revista Claudia, aborda o sofrimento de uma criança vitima da fome
Ademir
Almeida
Selma acalenta Tatiana: com febre e com fome, o bebê geme, sem força para chorar
A
editora Patrícia Zaidan passou três dias na reserva
sul-mato-grossense de Dourados, ouviu muitas denúncias e não viu
nenhuma preocupação em melhorar a vida das famílias indígenas,
devastadas pela fome, pelo desemprego e pela desesperança.
Cinco
crianças morreram de fome este ano nas aldeias Bororó e Jaguapiru,
em Dourados (MS). Tinham entre 1 mês e 2 anos e estavam muito abaixo
do peso. Os atestados de óbito, que apontam a desnutrição como
causa, acompanhada de desidratação, infecção intestinal ou
insuficiência renal, foram assinados entre 24 de janeiro e 26 de
abril. Sinal de que o pólo indígena continua refém da
subalimentação, que em 2005 matou 14 indiozinhos e virou escândalo
nacional.
Isso se
reflete na saúde das crianças. No Hospital da Universidade Federal
da Grande Dourados, o HU, há 27 leitos infantis. Durante a
reportagem, 12 estiveram ocupados, oito por índios, todos com
seqüelas da fome. A fome está em toda parte independente de etnias,
cor e religião, é um mal do século, conseqüências dos péssimos
governantes que temos no mundo e do capitalismo selvagem, a
globalização.
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